Tradução: Renan Pessoa
¡Hails jah Haila!
lhes compartilho um pequeno relato sobre meu aprendizado.
Em algum momento de minha infância apareceram esses pequenos e raros símbolos, me chamaram a atenção, e assim começou minha odisseia com as runas
No princípio não as entendia de todo, as estudava, mas não encontrava muito a respeito, não havia uma compreensão profunda, não tomava muito interesse sobre isto, mas elas insistiam em entrar em meu subconsciente, nos meus sonhos, os seus significados convidavam-me a aprofundar os seus mistérios.

Passaram os anos e comecei a gravar símbolos e desenhos em pedras, e imediatamente as runas me convidavam a gravá-las, mas tinha medo já que algo me dizia que conhecê-las e entendê-las ia levar-me a um mundo que não tem retorno, a um caminho que leva à sabedoria, mas ia ser um caminho obscuro, difícil, cheio de perigos, ia levar-me a um intenso sofrimento. Eu sabia, e ainda assim eu, sempre tão teimoso e curioso, entrei no mundo das runas para nunca mais voltar.
E de fato o caminho superou minha expectativa, a dor e o sofrimento são o sacrifício pelo que se tem que viver para ser forte e sábio, se não for assim, simplesmente não sobrevive, inclusive me levaram em 3 ocasiões ao fio da morte, e na penúltima, faz 3 anos em um acidente de montanha, vi o mesmo Odin me jogar de um glaciar, rolou 800 metros pelo gelo e ao final da queda senti a formosa paz, a sensação mais bela jamais experimentada, mas não. O grande caolho não quis que eu ficasse, me sacudiu, me despertou para enfrentar o princípio do pesadelo, já que tive que reconhecer meus companheiros mortos, e lidar com feridas e lesões muito graves e seguir adiante porque não há outra maneira, sempre tem que seguir, ser fortes e aprender de tudo e de todos. Não tem sido fácil; Mas também posso dizer que às vezes os deuses abençoam-me com alegria e com sinais que me convidam a estar com eles em espírito e a alegrar-me com a sua presença etérea.
Durante os últimos anos estiveram na minha mente, em todas as situações da minha vida estiveram presentes, gravadas no meu subconsciente. O que significa ? Elas me escolheram? Para que propósito? Não sabia, simplesmente ali estavam, queriam que as gravasse. Gravei-as, mas continuava sem as compreender completamente, estudava as suas origens, os seus significados, tudo o que podia investigar sobre elas. Mas continuava a ter essa grande dúvida Por que querem que as grave?
Lia e lia sobre o panteão nórdico, sobre como Odin conseguiu sua sabedoria. Quando entendi esta grande odisseia do sacrifício do deus pendurado, minha insistente dúvida aumentou. Como diabo pode um simples mortal como eu entender os mistérios das runas, se o grande Odin teve que sacrificar-se para conseguir sua sabedoria? Como querem que eu grave se não entendo o que são?
Por mais que estudasse, lesse, investigasse, mais eram seus mistérios, mais dúvidas me surgiam, já que cada vez aprofundava mais e mais nessa imensa obscuridade e me dava conta que as runas sempre vão MAIS ALÉM, sempre, sempre, sempre. É como um imenso buraco negro é infinito e te adentra à formosa e caótica obscuridade a qual está cheia de mistérios e sabedoria, é tão grande e profunda que se não for suficientemente forte e consciente podem te levar à loucura.
Porque aqueles que dizem conhecê-las e as usam como mero oráculo, e aprendem seu significado superficial. Isto não é entendê-las, até poderia dizer que é uma burla à sabedoria sagrada, e por aí vão pelo mundo centenas de pessoas crendo saber seus mistérios, mas na realidade não sabem absolutamente nada.
Me dá pena e coragem, os milhares de cursos rúnicos que existem, e as pessoas iludidas tomam os cursos pensando que vão conseguir lê-los e

adivinhar o futuro. Isso é o mais grosseiro, é como pensar que estudando a carreira de biólogo marinho vais conhecer os mistérios do oceano, não está nem perto de entender a vastidão do oceano. Pois o mesmo com as runas.
Nem sei se vou viver para saber tudo sobre elas. Mas por alguma razão estão na minha mente, no meu subconsciente, no meu espírito e na minha mão. Meu andar por este caminho me levou a conhecer o Guðja Hoen Isaac Vazquez e Martin Diaz e ser membro da H.O.S.F. a qual dedico esta pedra rúnica como agradecimento e contribuição.
Esta etapa da minha vida foi muito rica em conhecimento, compreensão e sobretudo me sensibilizou ao vínculo que sempre senti pelos deuses e sua sabedoria. Ao falar com o Isaac, mencionei o termo ERILAZ, que me fez muito sentido, já que me dei conta de que por aí vai o meu trabalho com as runas, definitivamente eu não serei um leitor de oráculos, nem darei nunca um curso de runologia, mas as minhas mãos as gravarão, a minha mente as estudará, Meu espírito as entenderá e meu ser as amará.
Com honra e humildade, ofereço os meus serviços como Erilaz aos membros da irmandade, podemos até fazer intercâmbios interessantes, seguindo a tradição Heathenry do ciclo de dar.
¡Gutane jer Weihailag!
Texto original escrito por: Juan Carlos Maza, no dia 05/06/2020 no fórum (página do facebook) da HOSF (HERMANDAD ODINISTA DEL SAGRADO FUEGO)