Ancestralidade que vem da terra


Hoje para muitos dia de lembrar da morte dos seus entes queridos, os que foram e nessas tradições visitá-los. E na nossa tradição Odinista, o que de fato é importante crer e entender? A ancestralidade, aos que já estão em outros mundos, mas aos que estão diariamente conosco. A morte no nosso caminho Heathen não pode ser vista como um peso , um fardo sob nossas costas. Existem poucos registros de onde iremos, o maior deles provavelmente o mundo dos mortos da nossa Deusa Hella, o tão prestigiado Valhöll em preparação pra guerra por Odin ou até mesmo Fólkvangr de Freyja , mas existem tantos outros mundos, locais, e o que a nossa crença acredita de que os ancestrais podem permanecer ligados a nós por tempos e tempos.

Por isso eu peço que olhem com mais sutileza as escrituras tão longamente gravadas da fontes primárias, nas sagas e das poesias, percebam a raiz da ancestralidade vinda da terra. Reflitam que para o povo germânico nórdico, seus cantos, seus escritos irão sempre falar no fundo sobre vivências e de que a ancestralidade é um dos tantos caminhos que devemos percorrer com honraria. Não se trata de esquecer, de reter a dor, trata-se de abraçar os ensinamentos. Um conhecimento vindo de eras, distante e passar a diante. Os deuses viviam entre as histórias orais, contadas nas fogueiras passando-as à frente dos antepassados de ontem aos descendentes de amanhã, vemos na nossa crença de que todos as criaturas povoadas dos diversos mundos possuem ancestrais , talvez Ymir seja o único sem ancestrais, mas vemos suas memórias correrem a nosso mundo.

Devemos pensar na tradição tribal, a veneração daqueles que trouxeram marcas a nosso clã, tribo, cultuar de fato suas raízes. Encontrar isso na terra, da vida nascendo debaixo dos nossos pés, a morte nos levando novamente para a fertilidade de que amamos. Pensar em sermos únicos é o que tentamos fazer sempre, mas já paramos para imaginar sendo um tronco forte vindo de tantas outras árvores. Ser a mistura de tantas tradições desconhecidas, desejos inquietos cada um fixo em seu tempo, muitos não seguindo paganismo e o que isso importa realmente no fim das contas? Somos descendentes, somos mais um elo da nossa ancestralidade. O sangue das minhas veias é da minha bisavó. Expressões faciais do meu tataravô, sorriso do meu pai, a cor da pele do meu tio de trinta gerações atrás. Então nesse dia peço essa reflexão, acendemos as velas, os incensos, faremos a celebração a todos que conhecemos, desconhecemos, buscamos o real significado, o conhecimento perdido, porque no fim, eles fazem parte de nós, nós fazemos parte deles, eles somos nós, nós somos eles, todos somos um só.

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